sábado, 31 de julho de 2010

Keane me perseguindo... (everybody's changing)

... tudo o que eu disser, pensar ou sentir, poderá (e será) usado contra mim em todo e qualquer tribunal...


)decisões...(

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para meus pais... (ainda vendo árvores...)


"Ausência é solidão; é dor e privacidade.
É quando o amor insiste em se arraigar,
Mas a amada partiu ficando a saudade.
É rejeitar a vida vendo o tempo passar..."

Um não sei mais o que dizer...






. . .


É difícil justificar uma existência... pode-se dizer que viemos ao mundo para uma missão, para encontrar alguém, para ajudar outras, para fazer alguma diferença... Na realidade, estamos tão à mercê do próprio mundo, que nós mesmos nos contradizemos na busca pelo que achamos ser o certo e de repente nos deparamos com todos os fatores errados para rumar e buscar o contrário.
Não é fácil estar aqui, não é fácil entender aqui... rimos, choramos, sofremos, e essa falta absurda que sentimos de coisas, lugares e pessoas... essas minhas reticências que sempre querem dizer algo mas nunca tenho tempo, vontade, ânimo ou coragem para tentar pensar, explicar ou buscar seu real significado...
Tenho saudades... tantas saudades... um eterno nostálgico que não vive de nostalgia, porque é preciso pagar o aluguel no fim do mês, ou começo, dependendo da imobiliária... (balde cheio de realidade fria)
Eu tenho esse defeito... eu tenho... eu busco tanto tudo demais... eu sofro demais, eu amo demais, eu quero demais, eu espero demais, eu sinto demais... e, sendo isso não um estado mas um fato, ainda não consumado, passível de ser voluvelmente alterado (sim, volúvel demais também), então eu sofro e choro demais...
Essas saudades são um fato... e isso sim é consumado... eu, por toda a vida sempre me vi sozinho... não por falta de amigos, amores, companheiros e companhia... a família linda!!!, não, não é isso... é uma solidão de quem sabe a que veio e, infelizmente não pode levar todos consigo na bagagem... apenas na mala coração... na mala sentimentos, na mala lembranças, na mala o todo, na mala ser... mas só... tendo sempre que seguir em frente... adiante... e, olha o lado incrível da coisa, eu já começo algo sentindo saudades... meu grande amor, é meu amor que vivo e já sinto falta... minha família que vejo e sinto, eu mato as saudades já antevendo as que já estão por perto, antes mesmo das passadas serem desfeitas... meus melhores momentos, antes ainda de se concretizarem, já estão na lista do que eu mais sentirei saudades nos próximos passos... aquele aperto único de tentar viver sim, intensamente tudo, porque sei que passará e sim, deixará saudades... levarei comigo tudo e todos, aprendizado!, mas é impossível não sentir um nó na garganta toda vez que algo ímpar me ocorre... e o caminho lança-se aberto e pronto para ser desbravado...
Essa noite tive um sonho... na noite anterior sonhei com meu pai feliz me abraçando... (saudades), e ele estava feliz em conversar comigo... e eu estava muito feliz em abraçá-lo... (choro)... e essa noite, num período, num momento, num lugar apenas existente nos sonhos que, por sinal, eram os mesmos lugares visitados com meu pai no sonho revisitado, essa noite foi a vez de minha mãe me visitar... e foi algo leve, intenso e, pode ser, algo muito revelador... algo que fala de mim, algo que me expõe... algo que me deixa sereno, mas sim, como em todos os sentimentos, com saudades...
Ela veio linda, mais magra que o habitual, sorrindo... sorrindo muito! (plena falta, rasgada com dor... ah, essas saudades!), ela me abraça tão feliz como meu pai na outra noite... e caminhamos numa estrada de terra, com casinhas simples do lado esquerdo (coração... coisas simples, pequenas, e ricas em significados... a falta)... do lado direito, uma estrada... reta, sumindo numa subida... um ou dois carros... caminhões, ônibus... a gente abraçado!, sorrindo... uma felicidade em rever-nos... nem sei mais quem foi visitar quem! Meu lado direito... mão que escrevo... mão que direciona meus pensamentos, mão que aponta meus caminhos... meu lado certo, junto ao meu lado imenso de sentimentos...
Pensei na hora, o que a estrada significava para mim... porque, por Deus, tamanho fascínio por uma pista de piche, concreto... ou das linhas férreas de um trem... ou a tudo que remete idas...voltas, caminhos... o que nisso me fascina tanto? Talvez não a estrada, mas a busca... a oportunidade, o caminho a ser preenchido e descoberto... a busca... a busca... a missão talvez? Porque esse fascínio? Se já sei que terei saudades, que deixarei coisas e pessoas e histórias e só poderei levar o possível cabível dentro de coração e memórias? (meus sentimentos)...
... e durou isso... abraçados e sorrindo... uma saudade já sentida e agora, já sentindo a que vinha sem antes mesmo de ter ido embora ou acordar, meus olhos brilham ao olhar a estrada, e voltar o olhar para minha mãe sorrindo... e meu peito apertado, mas ansioso... e eu sorrindo.... e minha mãe do meu lado direito assim como meu pai estava ao me abraçar e caminhar lado a lado comigo (proteção)... lado direito... lado que eu escrevo... pai e mãe no lado da estrada... lado que me guia... (o caminho?)...
Tentei tanto entender o que me move... talvez um medo de permanecer e arraigar... ter raízes não é mesmo?, parece ser o certo da coisa... mas não para mim... que sentido meu, move? Que sentido ME move? Sei lá... só sei que ao me ver com olhos apontados para esse horizonte, essa estrada, minha mãe, com olhar meio triste e curioso me fala...
- Ah... não acredito que você vai voltar para a estrada de novo?
Jamais com mágoa! Era algo do tipo: se aquiete, menino!, mas ela sabe que não... ela entendeu e me entende... talvez ela tenha dito isso porque ambos precisávamos voltar aos nossos mundos... às nossas estradas novamente... mas no fundo... no fundo, ela SABE o que me espera... e eu sei o que está lá... não no fim dela, mas ao menos no caminho... e eu vou chegar... (lágrimas)... e ela me abraça sempre sorrindo... com esse ar de sempre faltar algo... um tempo maior... uma proximidade maior... um contato maior... um momento maior... as reticências... a estrada que se apresenta...
Ambos sempre ensinaram a mim e a minha irmã, a fazer o que tínhamos vontade... a ir atrás do que realmente queremos....a sermos o que somos e a aprendermos mais e mais... a busca! (o sentido das coisas)
E assim, sem despedidas, sempre sorrindo, abraçando, aquele contato... essa mensagem, esse encontro... me vejo feliz... e sim, com o eterno nó na garganta, com as saudades antecipadas de algo que ainda virá, respondo para minha mãe com o mesmo sorriso de sempre, aberto e cálido e com o olhar brilhante apenas... essa é minha resposta e ela entende... e eu entendo... como segurar? Isso sou eu...
Levando-se em conta o que me ensinaram... levando-se em conta a estrada e as saudades na despedida não-concretizada (que bom!), levando-se em conta, ambos me protegendo do lado direito que aponta a estrada, que aponta o horizonte, que aponta a busca, que me direciona... como renegar a essa forma de aceitar o que eu sou?
O que eu sou?
... estrada ...
... reticências ...
... já sentindo uma imensa saudade ...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Capítulo 1 - Livro Sem título (Com Thais Miassi)

Por Jeam C.
No dia do desaparecimento, Emily havia seguido novamente sua estagnada rotina, como se fosse um replay de um antigo filme do Chaplin, sem a menor graça e glamour. Poderia ter sido qualquer outro dia igual ao outro dia, igual ao mesmo de sempre, mas não aquele.

Chegando ao escritório, Emily deparou-se com um, anormalmente irritado Sr. Ramón. Era de se estranhar, já que, diferentemente de sua esposa elegante e grosseira, o Sr. Ramón era desses tipos que temos dó ao vê-lo de braços dados com alguém como a Sra. Ramón.

Rosto cansado, porém altivo, como se tivesse levado uma vida toda dedicado ao trabalho e esquecido de desfrutar dos benefícios que um bom salário poderiam proporcionar, o Sr. Ramón desistiu de certas ambições pessoais ao se deparar com tantos casos obscuros, ao ter que lidar com as faces mais assustadoras do ser humano... a Sra. Ramón então, assumiu a dianteira, e, se impondo de uma forma quase ditatorial no casamento e nos negócios, foi a responsável pelo não afundamento da carreira dele, da empresa, e do casamento em si, ou o que restava dele.

Não era de se espantar, no entanto, que Emily o encontrasse com rosto cansado e deprimido, ainda mais naquelas circunstâncias de caos em que o local se encontrava. Na verdade, o escritório estava à beira de um colapso. A caixa de e-mails de Emily já acumulava 34 mensagens para serem lidas, todas com um único título: CASO JONATHAN. Sentou-se, e logo aparece Raul, um dos queridinhos e asquerosos protegidos da Sra. Rabugenta.

- Já sabe do caso?

- Saberei caso você me deixe trabalhar.

- Hummm, acordou de bom humor. Gosto dessas.

- Dessas como sua mãe?

- Epa! Calma lá! Leia sobre o menininho desaparecido. Teremos muito há conversar.

Mal sabia Emily que sim, iriam conversar muito ainda.

O caso não parecia muito anormal do que se encontra diariamente não fosse um detalhe: Jonathan, de apenas 4 anos, era filho de Klaus Andersen, poderoso e internacionalmente conhecido ilusionista. Casado com Tamara Oliveira Andersen, vieram ao Brasil para uma longa temporada de apresentações. Klaus ainda percorreria toda a Europa, mas Tamara queria dar um lar estabilizado para o pequeno Jonathan.

Na noite da última apresentação de Klaus, Jonathan simplesmente desaparece de dentro de sua casa. Sem pistas. Sem nada.

O mais importante para o caso, era a discrição, mesmo a mídia tendo tomado esse, como algo a ser difundido de todas as formas, sem escrúpulos, como de praxe.

Teriam problemas especialmente com Márcia Anteves, jornalista implacável, e, sim, algo digna num meio de pulhas.

A agência foi contatada minutos após os pais terem percebido o desaparecimento.

Emily estava perturbada. O pai e a mãe aparentavam frieza, mas era tão cedo ainda para afirmarem um envolvimento... era até mesmo insano pensar em algo do tipo.

Teria pela frente, longas horas para ver e rever papéis e e-mails, longas reuniões e discussões.

Era apenas algo superior à secretária, mas, numa agência de investigação, uma secretária nunca é apenas uma secretária e Emily revezava-se entre atender telefonemas, fazer pesquisas, organizando e cruzando documentos para formular relatórios especulativos sobre os casos... enfim, acabava fazendo uma pré-investigação antes de passar os dados dos casos.

Um fato a intrigou: Klaus já havia uma ficha lá. Em poucas páginas leu sobre seu primeiro casamento... e que Jonathan não era o primeiro filho seu a desaparecer...


(querem acompanhar do começo???

http://segundonabraba.blogspot.com/2010/07/prologo-por-thais-miassi.html

Trecho inédito do meu: "A.V.C"


Que brilho maior pode haver o das estrelas?
O dos seus olhos castanhos... revelados só para mim... e você...
E esconda do Universo curioso e invejoso...
Enquanto seus braços cuidam felizes do doce encanto...
que os céus não podem oferecer...

sábado, 17 de julho de 2010

Who Is The Master... and Who Is The Slave?

O Difícil Ato de Amar Hard Candy




Esse foi mais um texto saído no site do Minsane: http://www.minsane.com.br

e, no link:
http://www.minsane.com.br/fanclub/colunabyinsanos06.html

Confiram!

O Difícil Ato de Amar hard candy!

Por Jeam Camilo


Muitos de vocês devem se lembrar do chiclete Azedinho-Doce, muito popular entre os anos 80 e início dos 90. Para quem inacreditavelmente não se lembra, ou não conhece, o tal chiclete parecia uma lâmina e, como o próprio nome já revelava, até chegar no doce, passávamos por um processo intenso e muito prazeroso do “azedo”.

Intenso, porque era realmente azedo, daqueles que “trincavam” os maxilares e arrepiavam a nuca... quantas disputas foram feitas para ver quem agüentava NÃO fazer caretas! E o vencedor levava mais dez de prêmio.

Prazeroso porque, passado o choque inicial, instantaneamente chegava-se ao docinho, mas daí perdia-se a graça, porque o legal era justamente a “trincada”, o susto, as caretas... a disputa sobre quem agüenta resistir sem fazer cara feia a um prazer que seria descoberto depois e, olha quanto paradoxo, era preciso chegar ao doce para perceber que o amargo, o azedo era o incrível!

Levando isso para a vida, temos provas sobre provas sem contestações, de que só crescemos e evoluímos após levarmos uma forte queda, um soco, uma perda, um adeus, um doce após o azedo, ou, a tal bonança pós-tempestade.

Quando foi anunciado o título do álbum de Madonna, o título que, de certa forma deve englobar o que o “produto” trará, muito se foi especulado a cerca do que se tratava: Timbaland? Justin? Pharrel Quem? As explicações: Hard Candy, ou, brasileiramente falando RAPADURA (que é doce, mas não é mole não!) queria dizer algo que era no sentido do ser “degustado”, que não era fácil, mas seria gostoso se fossemos até o fim. Aí começou as tribulações.

Não, realmente não é fácil gostar, nem amar Hard Candy se analisarmos que essa mulher, essa coisa monumental (Madonna já passou de denominações...ela simplesmente é Madonna!), tem em seu repertório, clássicos absolutos como Like a Virgin, Like a Prayer, Ray of Light e Confessions on a Dancefloor. Porém, analisando melhor, abrindo esse doce e, calmamente degustando-o, assim, como deve ser, talvez, como Madonna tenha idealizado: um disco para a posteridade, aí sim podemos agora, após alguns anos, refletir sobre. Não, não é um texto datado, mas sim, de alguém que começa a refletir somente agora sobre se é possível amar Hard Candy.

Madonna, entre Candy Shop e 4 Minutes, canta para aproveitarem. Invadam a pista de dança, não percam tempo nem ritmo. A gente não tem muito tempo. Tic-tac, o tempo está passando. 4 minutos? Já foi. Madonna solta: “às vezes eu acho que o que eu preciso é uma intervenção sua.” De quem? Dela mesma? Dos céus, já que a luta contra seus demônios permeia o disco? “A estrada para o inferno está pavimentada com boas intenções” segue. Mais início de carreira impossível. Ela tendo que ser ela mesma e mais ainda para sobreviver numa cidade e, num meio que a engoliria num segundo. Madonna se faz Madonna por ela mesma.

Em Give It 2 Me, ela continua sua busca: “Ninguém me mostrará como... Quando as luzes se apagam, e não sobrou NINGUÉM, posso continuar... continuar... continuar... somente me dê uma chance e eu a agarrarei...”. E, hoje, não existem adjetivos e/ou denominações para Ela!

Em Heartbeat, um adendo: muitos à época disseram que ela não estava criando nada de novo e sim, repetindo uma fórmula já em franco desgaste: o hip-hop à la Timbaland, mas, como se já antevisse isso tudo, ela canta calma e deliciosamente (começando a degustar melhor o doce...): “Pode parecer velho para você, mas para mim é novo!”

E provoca carinhosamente: Veja minha bunda e desça igual... Veja minha bunda e desça igual... VAMOS! Sim, o som poderia ser igual, mas ninguém faz esses docinhos com as receitas DELA. Definitivamente... não era igual à nada!
Mas ela deixa passar do ponto e precisa refazer a receita. Miles Away mostra alguém que olha um relacionamento com olhos de quem precisa rever coisas, adicionar outras e ter que, dolorosamente admitir que nem sempre se dá a liga certa. Uma das melhores e mais pessoais músicas dela. A receita ganhou fermento. E o resultado deixa o prato vazio, e a gente lambendo os dedos...

E emenda na magnífica She´s Not Me: “Ela pode te fazer o café da manhã, fazer amor durante o banho, a sensação do momento, mas ela não tem o que era nosso... Ela não sou eu”. Um recado? Madonna mostra que sempre serão os outros quem mais perdem não a valorizando como merece.

Aí, o bolo fica solado, o caldo endurece e as coisas desandam na fábrica de doces porque, amarga e inacreditavelmente precisamos provar um docinho não lá muito ok: Incredible quebra-queixo e clima, e a gente precisa escovar os dentinhos antes de aparecer formiga. Mas parece ser proposital, como uma das melhores letras do disco ganhou uma roupagem tão chatinha. Ela reflete: E tudo na natureza dá errado, parece que ninguém está escutando, e algo está faltando... (...) tenho que entender como!”. O maior Hard Candy do disco talvez seja a tal faixa 7. Admira-se a letra, mas que esforço para ao menos gostar um bom-bocado da música!

E os demônios voltam a atacar Madonna. Se, no início ela tinha 4 minutos para salvar o mundo, agora ela clama para ela mesma em Beat Goes On (Levante-se pequena menina, é tempo já!) de que não há muito a se perder, e, ficar esperando como uma tola por tudo, não fará você ir muito longe. Ande pela fábrica, ou espere o chocolate premiado.

Dance 2night, soa clássica, bem fim de noite, quando estamos cansados, mas temos que continuar...ainda há festa, mas, novamente, tic-tac, o tempo ta acabando, e não existe tempo há perder... e pior... começa a entrega ao amor, ao deleite, o doce mostra seu recheio... a bala parte-se... hora de experimentar algo mais... caliente!

Aprendemos uma lição diferente, espanhola, em qualquer sentido!!!, mas um aviso novamente: TIC-TAC, preciso me apaixonar... mas nunca fico satisfeita... te amo, mas, até quando mesmo? Bala acabando...

E o azedinho-doce que quase mela agora acaba... doce amargor... a própria letra de “Devil Wouldn´t Recognize You” já diz tudo, e é tão pessoal, a mim pelo menos... quem somos nós para criticar? Alguns querem nos deixar pra baixo e cada vez mais baixo, mas é hora de perceber que acabou a graça. A loja deixa de ser colorida e começa a fechar. Hora de lidar com questões muito mais profundas. Feche a porta da loja. Mas não há como se esconder de si mesmo. Ao menos, ela diz que consegue reconhecê-lo... que bom.

Fábrica fechada, reunião entre nós e nós mesmos: quem é o Mestre? Quem é o Escravo? A difícil definição... quem a gente guia, ou será que somos guiados? “Ecos distantes de outras épocas (...) Você está brincando por ai, é como se fosse uma repetição”. Muito forte, mas diria mais que repetição: Em Hard Candy, Madonna está o tempo todo revendo seus conceitos, sua carreira, sua história... olhando sua trajetória, jogando para se divertir com questões sérias que, não soam como divertidas e sim alarmantes.

O que mais pesa no disco, é o fato de tudo parecer brilhante e saboroso, mas ao abrirmos a bala, tudo é escuro e complicado e urgente e perigoso. O próprio encarte com Madonna encarnando M-Dolla, uma lutadora de boxe(?) que tem ao fundo, temas coloridíssimos de doces, candy galore!!!, contrastando com o lado negro da embalagem na parte de dentro. A embalagem bonitinha ao fundo. A alma indômita que precisa lutar à frente. O paradoxo entre não permanecer e se recusar permanentemente, por mais que pareça o contrário, ser doce e grudenta... é preciso lutar...

As letras que beiram ao desespero, tic-tac, tempo esgotando... tempo correndo... o amor que se vai, a necessidade de se enfrentar mais um demônio (“VOCÊ tem demônios, logo, ninguém pode culpá-lo”), e, mais uma vez dizer que ela é Madonna, para o bem ou para o mal.

Confissões continuam...dessa vez embalada num papel charmoso, mas nunca menos fácil. Degustar esse doce ainda não me é fácil, mas confesso cada vez mais ouvi-lo para tentar entender o real significado de um disco com revelações complexas e até mesmo meio dark, em músicas que soam apenas gostosinhas... nenhum clássico dessa vez... mas como não se arrepiar quando chega “Devil...”?, Ou as batidas incríveis de Beat Goes On, os refrões grudentos de Give It 2Me e 4 Minutes, ou a tristeza de um coração partido revelada de Miles Away?

Abram o doce e degustem. Ainda não consigo amar Hard Candy. Mas, no momento, é o que mais tem me feito pensar.

Voices start to ring in your head… TELL ME, what do they say?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Prólogo - Por Thais Miassi

Prólogo

Para Emily, o tempo não passava. Tudo seguia sempre a mesma rotina: acordava sempre às 6 horas, 6 h e 15 terminava de pentear seus longos cabelos negros, 6h e 20 desdobrava a camisa branca e a abotoava sobre seu corpo magro e extremamente pálido e vestia sua velha calça preta de oxford. Seu café da manhã resumia-se a uma pequena torrada que já perdera a crocância, uma xícara de café sem açúcar e após, uma longa tragada no primeiro cigarro do dia.

Pontualmente às 6h55, pegava o metrô da Linha Azul, próximo de sua residência. Apesar de não considerar sua casa como um lar doce lar, Emily se apaixonara pela aquela pequena kitinete no momento em que a viu.

- Pode-se perceber que, apesar das rachaduras e mofos pela parede do quarto, esse imóvel é ótimo para pessoas sozinhas – disse o corretor – com esse visual tudo indica que você viverá para sempre nessa imundice ­– a vista é privilegiada, tendo um lindo parque aos fundos, pela janela você verá crianças, jovens e velhos passeando entre as árvores – nossa, essa garota deveria tomar um sol nesse belo parque.

Emily nada respondia. Apenas olhava fixamente o chão encardido e algumas pequenas manchas escuras ao redor do lugar em que julgara caber uma cama de casal. Seus dedos finos deslizavam sobre uma pequena cômoda que o morador anterior largara.

- Como estamos em um bairro tranqüilo e bem próximo do centro da cidade, o valor, posso dizer, está ótimo. Se você pagar à vista, sairá por 30.000 reais e a documentação será por conta do antigo proprietário – continuou o corretor.

Emily já havia imaginado o quanto custaria a sua nova vida, mas ao invés de expressar a sua vontade imediata de fechar o negócio, simplesmente parou para observar as gotículas de suor que emanavam sem parar do rosto gordo do corretor, que não aparentava mais de 50 anos.
- Amanhã, levo minha documentação e fecharemos o contrato – afirmou a garota.

Enquanto o metrô deslizava pela estação, Emily pensou nas longas pilhas de papéis que a esperavam no trabalho. Eram documentos para serem organizados a pedido de sua chefe, Sra. Ramón.

Fazia mais de 5 anos que Emily trabalhava no Escritório Liberti & Ramón, especializado em investigação. Não gostava de sua função, mas a Sra. Ramón a contratou com a promessa de que logo subiria de cargo, mas isso não foi cumprido ao longo desses anos.

- EEEEEmily – gritava a chefe – cadê as documentações referente ao Caso do Menino Jonathan? – como essa garota é burra – falei para você deixá-las na minha mesa ontem e você não pode nem fazer isso?

- Desculpa, senhora. Mas não é minha culpa – apressou-se Emily.

- Sempre a mesma ladainha. Emily, é difícil de você entender o que falo? Por acaso, falamos em línguas diferentes?

- Não, senhora. Por favor, deixa eu lhe explicar: o seu marido esteve aqui quase na hora de fecharmos o escritório. Queria conversar contigo, mas a senhora já havia saído. Como ele queria falar com você imediatamente, ele foi até a sua sala para usar o telefone.

- E?

- Perguntou sobre o relatório de Jonathan e eu entreguei a ele. Ficou curioso com toda a repercussão que teve na mídia. E me prometeu que deixaria em cima de sua mesa assim que saísse da sala, depois de falar com você pelo telefone.

- Mas, não está aqui. Emily, Emily... você deveria ter conferido antes de se mandar embora. Da próxima vez, não quero mais esse tipo de erro. Afinal, você é paga muito bem para fazer esses serviços que qualquer um faria.

Ao abrir a gaveta, a Sra. Ramón encontrou a documentação que desejava. E fez um gesto para que a garota sumisse de sua frente.

- Com o dinheiro que você me paga, mal dá para comprar comida e cigarro, sua vaca, pensou. - Desculpe mais uma vez, disse fechando a porta da sala da Sra. Ramón e encaminhando para sua velha escrivaninha.

Após organizar as pilhas de papéis, Emily pegou os jornais do dia e começou a procurar sobre notícias que fossem interessantes para a sua chefe. Sem se espantar, verificou que os três jornais locais falavam novamente sobre o menino Jonathan.

AONDE ESTARÁ O PEQUENO JONATHAN?

PAIS PODEM SER PRINCIPAIS SUSPEITOS, instigava um jornal.

JONATHAN E O TRÁFEGO DE ÓRGÃOS.

A PEDOFILIA TERIA FEITO MAIS UMA VÍTIMA?

Foram criadas diversas hipóteses sobre o desaparecimento de Jonathan, desde rapto, assassinato, pedofilia até vingança. Mas, nada era concreto. A polícia de São Paulo não tinha provas e nem sequer uma informação sobre o paradeiro do menino.

No dia do desaparecimento.... Continua...

CLUBE DO LIVRO!!! UHUUU!!!

Minha grande amiga Thais Miasse e eu, estamos, por intermédio de uma genial idéia dela, desenvolvendo um livro onde, cada um escreve um capítulo.
O interessante é que, nenhum dos dois sabemos a história! Simplesmente um recebe um capítulo e, à partir do que foi recebido e lido, será montada a história pelo outro!

http://clubedolivro.blogspot.com

sigam esse blog incrível, recheado de informações, e, acompanhem as aventuras de uma história que fala sobre.... sobre....´é... bem.... ainda não sabemos do que se trata!!!

Mas fiquem de olho!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Homenagem ao Diário de Uma Escola...


Pouco tempo tenho
De um tempo já sem tempo.
Tempo que passa...
Que é, que era e poderá ser.
Poderá ser?
Meu tempo é fora do tempo
Do agora, do antes e do depois.
Mas ainda há tempo
De ser-se o que se é
Diante de quem se quer
E da maneira que puder.

7 de junho de 2010 20:51

quarta-feira, 7 de julho de 2010

a dor-me Ser


Eu estava andando por entre pedras e espinhos...

Sem me incomodar com as feridas abertas pelo caminho

Eu deitei sobre um esqueleto e vi a imagem da morte nele...

Deus cansou-se de me dar o livramento...



Eu orei para que meu amor voltasse

Implorei pela misericórdia

Eu limpei meu rosto ante o espelho

As lágrimas esvaíram-se, mas o peito ainda chora...



Eu enxerguei um muro com lamentações

Possível de ser escalado

Um homem moreno me arrancou de mim

Sem a intenção de ser o mais amado



Eu esperei pela salvação e pela cura das dores internas

Eu vi uma possível redenção ao olhar as nuvens carregadas

Como se a esperança viesse delas e das gotas caídas logo após...

Os demônios vieram me cobrar dívidas antigas... e eu ainda não posso pagá-las...



Os poemas e rimas e canções,

São temas de amor errados

Se caí em tentação foi por descuido, não descaso

A dor sangra e rasga peito



É preciso acreditar num mundo melhor...

Na existência do amor...

Eu ainda acredito num mundo melhor e no amor

Eu ainda acredito em mim



Eu amo...