quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

minha mensagem de fim de ano como um todo...

Na espera de nos vermos no próximo ano...

te cuida....
fica bem......
sim, saudades.....

e um carinho gigantesco....


sempre....

j.



quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Jogo




Amanhã o jogo estará terminado
E você será o perdedor
E tudo o que você quer
É chegar em algum lugar
Chegar em algum lugar

Fugir, você está cansado disso
Ficar, você sabe que não é necessário
Correr, pra onde?
Me explique, me indique algum caminho
Pois tudo o que eu quero,
É chegar em algum lugar
É chegar em algum lugar

Eu quero os meios, eu vejo o fim
Eu sei que estou perdendo, sim
Mas me espere aqui
O jogo vai acabar
Eu vou perder, mas tudo o que eu quero... é chegar
Chegar
Chegar em algum lugar
Eu preciso correr atrás
Onde você possa estar
Se você estiver aqui
Eu posso chegar...
Chegar em algum lugar

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Bênçãos....

"Que o caminho seja brando aos teus pés; que o vento sopre leve em teus
ombros; que o Sol brilhe cálido em tuas faces; que as chuvas caiam serenas
em teus campos. E, até que eu de novo te veja, que os Deuses te guardem nas
Palmas das Mãos!"
(Bênção Irlandesa)

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

quando eu me chovo...





a sorte está lançada...
sim,,, pelos perigos da vida,
voltarei a buscar o brilho de seus olhos,
carinho meu...

Eu vou sussurrar cada instante feliz pro
meu coração,
e ele guardará cada lição para que, no momento
oportuno, eu possa te ensinar e aprender...
Tem muita água para passar embaixo dessa
ponte...
No momento oportuno... no momento oportuno...

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

COMA, REZE, AME E VEJA!!!







COMER, REZAR, AMAR



Não, não e não. Este NÃO é um filme de, ou para mulherzinhas, e muito pelo contrário, os marmanjões também poderão chorar, ou ao menos se emocionarem. É o tipo de filme que envolve e faz vibrar.
Elizabeth (Julia Roberts) tem sucesso em sua profissão, bem casada, com um marido amoroso, mas sente-se infeliz em sua incompletude existencial. Decide largar tudo e partir para uma viagem de um ano para redescobrir seu prazer pela gastronomia (Itália), redescobrir-se na reza (Índia) e voltar para rever seu guru, e, conseqüentemente, se apaixonar (em Bali).
Há diversos fatores positivos no filme: a trilha sonora impecável, daquelas para se comprar após sair do cinema, a fotografia exuberante, que passa todos os sentimentos explosivos de Elizabeth, especialmente na melhor parte do filme, a italiana. Sem contar as ótimas interpretações de Viola Davis, Richard Jenkins (excepcional!), James Franco e do comovente Billy Crudup.
Sim, sim, apesar do portunhol, Javier Bardem, que interpreta um brasileiro está bem e Julia Roberts está ótima, despida das caretas e das lágrimas fáceis. Com todos esses ingredientes, ela conduz os 140 minutos de filme de forma absoluta. Ela nos conduz a todas as transformações de sua personagem de forma delicada e gentil.
Eddie Vedder encerra o filme com uma música matadora (mais uma!) e sim, saímos do cinema com lágrimas nos olhos (nenhuma lágrima gratuita) e um sorrisão dignos daqueles da eterna Linda Mulher!


quarta-feira, 20 de outubro de 2010


eu andei por ruas...

vagando e vagando sem parar

e sem nem saber direito para onde estava indo...

... you almost forgive the madness...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

e tem a música..... e tem A música!





I Can´t take my eyes of you...


CLOSER... muito perto... perto demais...





O filme, em todos os sentidos, tem relevância.

Sim, também sou extremamente otimista e acredito no amor (amei muito e também fui amado), mas sim, ele é REAL.

Assiti-o ontem... impressionante como foi doído... alguns comentários me deixaram incomodados, porque o mundo não é uma forma, onde todos são assim ou assado.
Tem os que mentem, os que traem, os que amam descontroladamente, ou ternamente, e existem trilhões de estudos, pensamentos, poemas sobre tudo isso... o filme simplesmente pegou um pouco de cada e costurou...


É uma atípica história de um retângulo amoroso:
Dan mora com Alice, envolve-se com Anna que namora Larry que ama a si mesmo...

Um profundo sentimento de dor permeia o filme... a dor de se perder alguém que ama, de ser deixado por ele, dor da decepção, de uma busca no outro daquilo que se espera demais e, obviamente, existe a decepção maior, pelas expectativas quase sempre ficarem frustradas.



Já nas profissões das personagens, podemos perceber um pouco a forma de serem...
Anna é uma fotográfa...vê tudo de forma fechada, quadrada, uma lente... não poderia ser incrivelmente expressiva... isso ela deixa para seus modelos... Larry é dermatologista... vê o lado estético, frio, bonito, caro... Dan é o que se vê: frustrado, patético, sente-se seguro expressando-se nos outros (publica um livro contando a vida de Alice!)... e já Alice/Jane é a mais solta, talvez livre(!?)... stripper, ela é a possuidora dos conhecimentos obscuros dos outros... ela conhece as "verdades" escondidas e, possuidora desses segredos, ela tenta desesperadamente encontrar a "verdade" em quem ama... e, decepcionando-se, parte em busca de si mesma... re-encontrando-se em sua terra natal.
Alice/Jane vê, sente e vive tudo o que os soutros escondem durante o dia, ela capta então a essência, por assim dizer...
É doloroso demais ver no filme quando as perguntas são feitas e as pessoas SABEM, simplesmente SABEM que as respostas não condizem com a verdade... creio que VERDADE seja o tema apropriado do filme; a busca por ela, o encontro com ela, a decepcção com ela... a VERDADE...
Opiniões respeitadas à parte, mas é um filme muito rico... para se ver mais perto... até doer e o mais perto ficar perto demais...

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

CAMILO, Jeam.

"apesar de muitas vezes o tempo não ser nosso melhor aliado, podemos fazer dele um bom adversário..."

DARK SPRING




Eu vi a transparente cegonha de álcool
moldar as negras cabeças dos soldados agonizantes
e vi as cabanas de borracha
onde giravam as copas cheias de lágrimas
nas anêmonas do ofertório te encontrarei, coração meu!,
quando o sacerdote levantar a mula e o boi com seus fortes braços
para espantar os sapos noturnos que sondam as geladas paisagens do cálice.
Eu tinha um filho que era um gigante,
porém, os mortos são mais fortes e sabem devorar pedaços do céu.
(Igreja Abandonada - Balada da Grande Guerra - Federico García Lorca)


(..and I feel, like I just got home)





)mad world - gary jules(

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

meus pensamentos estão nas asas dos pássaros.....



Deixe por favor certas coisas para trás...
você sabe o valor de cada lágrima derramada
em cada despedida... em cada adeus...
Liberte-se de valores regrados impostos...
Abra-se e imponha seu valor ao mundo...
Respeitando os outros mundos também...
Vivendo em paz e seguindo em frente sempre feliz...

Você sabe o valor de cada lágrima derramada
em cada despedida... em cada adeus...
Você simplesmente sabe o que é dizer adeus...
com lágrimas nos olhos...






segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A ORIGEM...


FADE INTO YOU


Para quem não viu, ainda há tempo de ver A ORIGEM (INSEPTION) que, segundo críticos, é o melhor filme em anos a surgir em Hollywood. Pode parecer algo de exagero, mas nem tanto: o filme faz o que poucos tem feito: PENSAR.
Escrito e dirigido por Christopher Nolan (de Amnésia e O Cavaleiro das Trevas), o filme propõe ao espectador algo intrigante: que acreditemos nas infinitas possibilidades que nosso cérebro pode oferecer.
Será difícil: foram dez anos nesse projeto e, após o sucesso de Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas que Nolan obteve carta branca dos executivos da Warner Bros. Para fazer o filme que quisesse. Por isso, não espere uma aventura convencional.
Leonardo DiCaprio é Dom Cobb, que comanda uma equipe especializada em invadir sonhos das pessoas para roubar de seus inconscientes, idéias ou segredos que possam ser utilizados por empresas concorrentes.
Mas um poderoso empresário contrata a empresa para algo diferente: quer que seja implantada uma idéia num executivo de outra companhia.
A partir daí, o diretor leva suas idéias até as últimas conseqüências, num intrincado roteiro cheio de camadas onde, entrando no inconsciente das pessoas, somos levados à outras perspectivas que fogem das iniciais.
Complicado? Então prepare-se quando a equipe tiver que entrar nos sonhos, DENTRO de outros sonhos, e encare esse filme complexo e riquíssimo em interpretações e perspectivas, carregado de referências, e com um final digno daqueles AME ou ODEIE.
Em outras palavras: IMPERDÍVEL!






Ficha técnica: A ORIGEM
(INSEPTION)
Escrito e dirigido por: Christopher Nolan;
Elenco: Leonardo DiCaprio; Joseph Gordon-Levitt; Ken Watanabe; Ellen Page; Cillian Murphy; Marion Cotillard; Michael Caine.

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Homenagem... obrigado apenas por isso... (e muito mais...)

Madonna Cumpleaños!!!

Esse texto saiu no site MINSANE: http://www.minsane.com.br
no dia 16/08/2010, na página BY INSANOS, no link:
http://www.minsane.com.br/fanclub/colunabyinsanos07.html






M., A dona!


Por Jeam Camilo


Sim, um dia eu acreditei que poderia mudar o mundo. Eu acreditei que todas as coisas boas seriam possíveis, simplesmente se acreditássemos e tivéssemos coragem para irmos atrás... eu acreditei que as mensagens subliminares e outras explícitas e outras que não eram nada, significavam muito em todas as épocas da minha vida... que ouvir uma música romântica poderia ser somente uma música romântica, ou a música de um momento, ou a mais linda de todos os tempos, ou a mais triste do Universo, e tudo isso dependia apenas do que estava acontecendo na ocasião, e dos meus sentimentos contidos ali.

E agora tudo se transforma tudo se revira tudo se reinventa e o verbo muda seu tempo também. Eu acreditei? Não, eu ACREDITO. E tudo isso porque existem forças que gravitam a nossa volta, que nos levam a lugares inesperados, que nos trazem sentimentos inexplicáveis, que colocam alguma conexão em vidas, caminhos e histórias tão ímpares.

E hoje, nesse dia, podemos dizer, com firmeza e determinação, que muito de nossas crenças, muito de nossas decisões, muito de nossos gostos, nossas influências, nossas expectativas de mudanças, reinvenções, contravenções e sim, uma salvação da mesmice e do lugar comum, vem de uma dessas forças descomunais que, de tempos em tempos os céus, o Universo, Deus ou qual força seja, envia de presente para a Terra: Ela completa mais um ciclo de vida e, fazendo valer sua força gravitacional, que nos rodeia (ou será que é o inverso?), parece que forças se unem e clamam, agradecendo por muitas libertações, por muitas histórias de felicidade e tristeza, por muitas canções da ‘nossa vida”, por tudo que foi, que é, e que eternamente será.

Obrigado Madonna, e, humildemente venho através deste, parabenizá-la. Por gritar coisas que a gente por muitas vezes sufoca, por fazer possíveis, coisas que somente imaginamos ou sequer esperamos... obrigado por toda essa força e grandeza.

Às vezes, ao ver shows, entrevistas, fotos, ouvindo as músicas, fico pensando: ela fez, falou, mostrou tudo o que eu sempre quis fazer... a realização de SEUS sonhos acaba sendo, de alguma forma, a realização de NOSSOS sonhos, de nossas vontades... não que não sejamos corajosos, mas sabemos tão bem que, apesar de tudo, ainda ficamos presos à qualquer tipo de força que nos envolve... são tantos detalhes cotidianos...às vezes fica impossível fugir deles, mas ela parece brigar, dia-após-dia para não cair nessa, para não deixar que essas contravenções a peguem de jeito.

Agradecer por esse tempo de coragem, controvérsias, arte. As palavras ficam pequenas. Então, transbordam os sentimentos, esses sim, impossíveis de serem traduzidos em palavras, mas tão fácil de serem lidos quando colocamos aquela música... daquele disco... com aquele encarte... pensando naquela pessoa ou acontecimento...

... obrigado!

sábado, 7 de agosto de 2010

Oh Father...

encontrei essa semana, por acaso, esse texto... já faz algum tempo... apropriado...


Oi pai...
Escrevo agora pra você...com cenas dos momentos que não me saem da cabeça hoje....
Estou profundamente introspectivo, melancólico........ Ontem, sonhei com você....foi tão louco....... sonhei que estávamos conversando no quintal da casa da minha irmã...a casa em que ela morava com meu cunhado antes dessa que eles estão... e você estava, como sempre! Com um copo de cerveja na mão.... e estava todo feliz, falando pra mim que estava tirando carta para motorista...e falando de planos, de quando pegasse a carta, pra onde iríamos sabe... e eu, lembro que no sonho...pensava(assim como eu pensava quando estávamos juntos...) pensava desesperadamente em coisas para conversar com ele para não ficarmos em silêncio....e eu estava conseguindo sabe! E eu estava tão feliz porque eu estava conseguindo conversar com o meu pai sem fazer forças por não ter um assunto....e eu fiquei muito feliz......e ele parecia que também estava....... mas daí eu acordei.......
Eu acordei......
E foi tão horrível e doloroso...sempre é aliás.....
O pior de tudo é forçar estar bem...já marquei dois compromissos pra hoje.... pra tentar me distrair...vai ser bom.....espero que seja..........
Sabe o que me mata? É relembrar desses momentos e ver que vivíamos tão bem..estávamos com tantos planos.....as coisas estavam melhorando..... tudo estava indo tão bem..... o clima...aquele calor que fazia entre outubro e janeiro... meu sobrinho que começava a querer a andar e balbuciando aquelas coisas que a gente só entendia quando nós éramos crianças..... e uma foto da tarde do aniversário do meu sobrinho.....minha mãe, meu pai e ele no colo........ tão radiantes... sabe aquelas fotos em que todos mostram seus melhores sorrisos, não pra que a foto saia linda, mas porque simplesmente estão felizes....estão felizes e só.......
E me dói tanto..... uma dor que destrói porque me dá um sentimento de perda bem maior do que a presença física do meu pai ou do meu vô.... é um
sentimento de perda...de uma vida sabe....dos momentos, dos cheiros, dos toques e abraços....e beijos...... e o som das vozes deles, até das músicas e programas de tv.... tudo volta...tudo remete a tempos tão lindos..e que agora
são lindos na minha memória e por isso não se perdem...... mas não consigo as vezes.... e isso me entristece....os momentos........aquele calor...aquela época entre outubro e janeiro...... meu sobrinho...a tarde do aniversário dele..... e o telefonema as 5 da manhã dum domingo aí.......há uns dois anos....
lembro que na hora, nem tive muito tempo de pensar em PERDA .... foi o choque da notícia.......até que o inimaginável tornou-se concreto....... e como sempre, por sermos fortes, por ter que ser forte, o mundo se abre.....mas não se amplia..ele se abre para engolir a gente porque perdemos o chão..... porque não há mais uma base, algo sólido para se firmar, um centro...tudo é nada e até nos acostumarmos com isso, leva um tempo que a gente nem sabe se o tempo inteiro irá suprir..... passamos....... ficamos..... estamos perdidos..... e voltar a situação pra si...e tentar revirar essas coisas é a minha tarefa a ser realizada desde aquele domingo.....que nem tava tão calor assim...... Calor fazia entre outubro e janeiro...mas não naquele.... não naquele dia.... em que eu não conseguia distinguir se o frio vinha do tempo, ou da minha alma que já não tinha mais aquele forte calor que vinha do coração..... o tempo agora estava mudando do mesmo jeito que estava mudando na época em que tempo e memória se fixou para sempre num único, inesquecível e perturbador momento.... 5 da manhã.....
- Nós perdemos seu pai.......
...
E até onde minha imaginação possa me levar....vou guardar aquilo que sempre imaginei e quis.....e aconteceu....... a gente soltando pipa.... ou correndo pra ele não pegar a gente pra fazer cosquinhas... e até dos puxões de orelha, que nem eram puxões mas só palavras de repreensão...... dos nossos grandes almoços de domingo, ou de você, num sonho bom, com um copo de cerveja na mão todo feliz falando da carta que estava tirando, ou de um dia que, de tão simples e comum eu não me lembro...e talvez tenha sido o melhor de todos justamente porque estávamos juntos.... e felizes....

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

trecho do dia...

"Segunda - humilhação
Terça - sufocamento
Quarta - condescendência
Quinta - é patético
Lá pela sexta - a vida me matou
Lá pela sexta - a vida me matou
(ah, linda, ah, linda)

Morrissey.. esse que me comove...





Ouvindo músicas de Morrissey... voltarei com um perfil dele em breve... mas é impossível não se sentir invadido pela profusão de sentimentos ao ouvir petardos como I Have Forgiven Jesus, The More You Ignore Me The Closer I Get, America Is Not The World, Suedehead, You Have Killed Me....sem contar todas dos Smiths...

a sonoridade do dia hoje, é dele....e sua I Have Forgiven Jesus...(polêmica, já adianto...)








I Have Forgiven Jesus
Morrissey

I was a good kid, I wouldn't do you no harm, I was a nice kid, With a nice paper round
Forgive me any pain, I may have brung to you, With God's help I know, I'll always be near to you

But Jesus hurt me, When he deserted me, but, I have forgiven you Jesus
For all the desire, You placed in me when there's nothing I can do with this desire

I was a good kid, Through hail and snow, I'd go just to moon you, I carried my heart in my hand
Do you understand, Do you understand

But Jesus hurt me, When he deserted me, but, I have forgiven you Jesus
For all of the love, You placed in me when there's no one I can turn to with this love

Monday - humiliation, Tuesday - suffocation, Wednesday - condescension, Thursday - is pathetic
By Friday life has killed me, By Friday life has killed me, Oh pretty one, Oh pretty one

Why did you give me so much desire, When there is nowhere I can go to offload this desire?
And why did you give me so much love in a loveless world, When there is no one I can turn to
To unlock all this love?
And why did you stick me in self deprecating bones and skin?, Jesus do you hate me?
Why did you stick me in self deprecating bones and skin?
Do you hate me?, Do you hate me?, Do you hate me?, Do you hate me?, Do you hate me?

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Da série: Beleza... põe a mesa?! Memórias do Analista de Bagé, opsss!, de um Arrogante Narcisista Desanabolizado,mas em processo de...





O QUE OS OLHOS NÃO VÊEM O CORAÇÃO REALMENTE NÃO SENTE?


Num ônibus, vindo para o trabalho, um olhar logo cedo... a beleza irradia tanto quanto os raios de sol que já estão fortes...e queimam..., durante o dia, o pensamento que fixa num único lugar, um único tempo, uma única pessoa... de manhã...no ônibus...você...
Pois é... não nos vemos por todo o dia...mas o coração sente...e muito... E ela...como é bela!
É estranho que eu não pense na mocinha bonitinha com cadernos nos braços vindo para a faculdade; ou na mulher mais madura que trabalha perto do Shopping que tem um papo agradável. A beleza nos chama atenção por ser inatingível. E damos um valor supremo á ela, como se dela emanasse uma força que, advindo do outro, nos fortalecesse. Temos grande prazer ao ver algo belo e perfeito, porque aquilo nos devolve uma fé, porque o que é divino é belo, e um ser bonito, um objeto que reluz é algo divino, algo que nos faz pensar que estamos mais pertos de Deus, porque Ele é perfeição.
E dá-lhe mais cinco anos de análise ou três cirurgias plásticas para compreendermos que a beleza está na nossa essência. Ou então a gente nunca compreende isso, e vivemos com aquele sentimento imenso de vazio, como se faltasse algo. Não ficamos tristes por não sermos belos... ficamos completamente arrasados quando aquele nosso amigo belo ou a vizinha gostosona não estão mais pertos de nós, eles nos dão segurança de um inexplicável... equilíbrio, e somos egoístas porque sabemos que eles sofrem por não serem compreendidos de uma forma real, profunda. E somos cruéis porque sabemos que eles sofrerão e pensamos: “Graças à Deus que não sou eu!”.
Gostamos do belo porque não precisamos nos preocupar em lutar por eles. Se, na nossa cabeça, a perfeição aparente é inatingível, não fazemos nada além de admirar. Se, num ato de loucura, de um desvio que consideramos pecado mortal, conseguimos quebrar a barreira e chegar perto do ser divino, percebemos que aquilo é pueril, que o tal anjo é arrogante ou que tem mal hálito e o conceito cai por terra até acharmos outra figura mítica para quebrarmos novamente...e o ciclo continua... e o equilíbrio é mantido, como na fé, em que a ovelha se desgarra e depois volta para o seu rebanho. E somos cruéis por que não queremos ser belos... porque os belos precisam ser irrepreensíveis.... e ao final somos egoístas e tão rasos que sentimos prazer ao ver o outro cair... mais um anjo caído, mais um que chega para a fila que está andando. Porque não vemos o que o coração sente porque este permanece cego para os sentimentos que a razão e o egoísmo cruel e sarcástico nos leva a esconder.
O belo nos agrada... segunda-feira eu vou vê-la de novo no ônibus de manhã. Apesar dessa pequena reflexão mal articulada, não sei qual será minha reação... vou vê-la e admirá-la por mais um tempo indefinido, vou chegar e tentar desmistificá-la para que ela pareça mais humana do que suponho, ou então ficarei na imaginação e na devoção eterna e darei atenção a menina bonitinha que vem para a faculdade... ou na mulher madura que conversa legal... e tentar levar, sem análises ou cirurgias, uma vida vazia, tentando ser menos fútil possível. Se isso for possível com essa reflexão acima.

ALL I NEED (Air).... esse eu quero guardar...

Momento: Remember that time!!!! I DROVE ALL NIGHT!

Frase do Dia: "SEMPRE TEM UM"

... mas sempre tem um MESMO!

hauhauahuahuauh (minha piada interna!

Kushnir, Beatriz





"Na inconstância de tudo que foi menos, mesmo se desejando mais.
E para tudo que não se amaina, não se decifra e nos faz recomeçar sem fim."

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A Preocupação olha em volta, A Tristeza olha para trás, A Fé olha para cima

Vontade de escrever.....

vontade de ser mais....

vontade de aparecer.....

... de crescer...isso não quero não.....


porque não me ouves?

(porque não te calas?)

Como la lluvia en el Cristal...





e, para JAMAIS esquecer...


v

O que é seguir?





Estou aqui, agora, sem ser o jornal, porque o aqui e agora agora é passado, ouvindo músicas bonitinhas no youtube, ou radiouol... Tiê, Verônica, Norah, até voltar na Madonna...Morrissey talvez?
Mais tarde...
Duffy começou... melhor não..não agora...
AN EDUCATION...
hum hum...

Ai, sem ter quase o que fazer, resolvo dar umas olhadas nas escritas dos meus queridos, e, ao ver um dos meus queridos extremos, vi seu blog... uma foto de vidro com gotas de chuva...pareciam lágrimas... me lembrei de como gosto de ver as gotas de chuva caindo na janela... ou de dormir chovendo, ou da chuva em si... cai cálida... como salvação... como renovação...

Fiquei pensando na melhor música para se ouvir pensando em gotas de chuva... Watercolours in the Rain do Roxette é o que segue...

senti saudades... saudades do Galego, saudades de um tempo único... tempo de show, de viagem, da Rainha que pode parar a chuva...

como um arco-íris na chuva... como uma aquarela... como todas as coisas belas e tristes...

consegue ver beleza nisso?

meu passado não condena... renova!

HÁ VIDA!!!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Conversa de Busão – Parte 1 (porque ouvir conversa dozôto no busão é uma arte, meu!)

- Ai meu, tava cuma mina mó gostosa né... ai tinha aquele lance, ta ligado, do Felipe, meu amigo lá que foi mandado embora da empresa de remédio lá? Porque ele pegava uns remédios ta ligado?, e vendia depois? Ai meu, ele tinha deixado um Viagra comigo... e meu, ele pegava e tipo, vendia por uns 70 reais sabe? Nossa, tava tirando uma nota...
- Sei...
- Ai meu, eu parti em dois cara, e tava lá com a mina...aí ele falou que levava meia hora pra fazer efeito né?
- Sei...
- Ai cara, tipo, por quase uma hora eu não tava sentindo nada né?, mas meu... ow, se falasse qualquer besteirinha no meu ouvido, nossa cara, o pau ficava duro na hora, ta ligado?
- Sei...
- E meu, tipo, tem até que curvar né, quando a gente vai cumprimentar alguém, nossa cara! Ow, tipo, ce pode tomar ta ligado, mas tipo, ninguém pode falar nada no seu ouvido... senão cara... nossa... ai meu, tava lá com a mina... tava mó cansadão né?, mas tipo, a gente foi né? E ela tava de moto cara, e eu atrás dela, e tipo, tava com as mãos nos bolsos da jaqueta dela, ta ligado?, ai a gente entrou no motel, ta ligado?, e meu, dei uma, cara... pá pá pá e indo e indo... meu, se não fosse o Viagra cara,nem sei se dava conta, tipo, na segunda já tinha ido, saca?
- Sei...
- Ai meu, agüentei e tals, ai a gente foi tomar banho e no banheiro já rolou de novo e meu pau duro ainda cara!, e tal e pá e a gente foi de novo ta ligado, tava doidão, ai a gente tinha que ir embora que tava vencendo o lance lá da hora, ta ligado, porque não era tipo motel, era tipo drive-in ta ligado...
- Sei...
- Ai meu, ela me deixou em casa, e passou a mão no meu pau e ele duraço ainda... ai ela falou: “Nossa, como você consegue? Deve ser porque você é muito novinho né? Tem gás!” e eu falando pra mina: Não, to assim porque você é muito gostosa, ta ligado! Kkkkkkkkkkkkkkk A mina jurando que era por conta dela...deixa ela saber! Kkkkkkkkkk Puta cara, toma véio...toma porque o lance é louco cara... ow se fica mesmo com o pau duraço cara.... se quiser agilizo pra você, foda que o Felipe saiu de lá né? Mas ow... só pra fazer sucesso, meu! Vou pegar todas assim...
- Sei...
sinto-me como num aquário...













... just like honey

Sofia, aqui me tens de regresso!






Sabe aqueles filmes em que você já gosta antes mesmo de assisti-lo? Seja pelo trailer bem montado, pela música que enche a telona (ou telinha), por tal ator ou atriz, enfim... há milhões de motivos para se esperar muito de um filme e o mais incrível, saber que ele é TUDO isso antes mesmo de vê-lo. Loucura? Premonição?
Saiu há pouco na net, o trailer do novo filme de Sofia Coppola, SOMEWHERE. Há um quê de LOST IN TRANSLATION (Encontros e Desencontros) pelos corredores opacos dos hotéis... há um misto de “Virgens Suicidas” na beleza cálida, branca, quase fantasmagórica de Elle Fanning (porém, com mais vida que as sílfides de seu primeiro filme), há o brilho jovial e meio perdido de sua Marie Antoinette, enfim, um puro filme de Coppola Filha.
E Somewhere promete... Stephen Dorff como o artista pouco cuidadoso em seu estilo bon-vivant, Elle Fanning mostrando desenvoltura e graça, a trilha matadora, e um punhado de cenas desde já memoráveis (a da piscina, a da patinação no gelo, o coração desenhado no gesso...)
É Sofia, para o bem ou para o mal. E, comparando sua pequena e impactante carreira, o mal no caso é infinitamente melhor que todo o bem de milhares de blockbusters de milhões em caixa e zero na inventividade.
Uma curiosidade: segundo boatos, o filme teria sido feito, inspirado na vida da própria Coppola Filha.



v

Vídeo CVV - SENAC

Post by JEAM CAMILO

O novo aluno, da nova turma da Oficina de Vídeo, Jeam Camilo passou uma referência dele. Na aula de inauguração da nova turma perguntei à todos sobre suas expectativas e intenções de realização. Segundo as palavras do próprio Jeam:

“Na aula passada, quando disse que queria fazer algo voltado a mostrar sentimentos existencialistas, tinha lembrado de um vídeo muito marcante para mim.
É um comercial do CVV, com a modelo Fernanda Vogel, e define bem o que eu havia pensado em desenvolver.
Uma música (no caso, da banda Portishead, com Glory Box), que ajuda a exprimir o que a modelo passa, algo distante no olhar, a fotografia azulada, meio opaca, tudo para culminar num final surpreendente…
Achei genial e não saiu mais da minha cabeça… dê uma olhada…“

Vocês também vejam o vídeo muito bem montado e elaborado.


" Segundona Braba ": Mais uma das minhas... (no SENAC)

http://hddtv.wordpress.com/2010/07/31/video-cvv/

Mais uma das minhas... (no SENAC)

sábado, 31 de julho de 2010

Keane me perseguindo... (everybody's changing)

... tudo o que eu disser, pensar ou sentir, poderá (e será) usado contra mim em todo e qualquer tribunal...


)decisões...(

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Para meus pais... (ainda vendo árvores...)


"Ausência é solidão; é dor e privacidade.
É quando o amor insiste em se arraigar,
Mas a amada partiu ficando a saudade.
É rejeitar a vida vendo o tempo passar..."

Um não sei mais o que dizer...






. . .


É difícil justificar uma existência... pode-se dizer que viemos ao mundo para uma missão, para encontrar alguém, para ajudar outras, para fazer alguma diferença... Na realidade, estamos tão à mercê do próprio mundo, que nós mesmos nos contradizemos na busca pelo que achamos ser o certo e de repente nos deparamos com todos os fatores errados para rumar e buscar o contrário.
Não é fácil estar aqui, não é fácil entender aqui... rimos, choramos, sofremos, e essa falta absurda que sentimos de coisas, lugares e pessoas... essas minhas reticências que sempre querem dizer algo mas nunca tenho tempo, vontade, ânimo ou coragem para tentar pensar, explicar ou buscar seu real significado...
Tenho saudades... tantas saudades... um eterno nostálgico que não vive de nostalgia, porque é preciso pagar o aluguel no fim do mês, ou começo, dependendo da imobiliária... (balde cheio de realidade fria)
Eu tenho esse defeito... eu tenho... eu busco tanto tudo demais... eu sofro demais, eu amo demais, eu quero demais, eu espero demais, eu sinto demais... e, sendo isso não um estado mas um fato, ainda não consumado, passível de ser voluvelmente alterado (sim, volúvel demais também), então eu sofro e choro demais...
Essas saudades são um fato... e isso sim é consumado... eu, por toda a vida sempre me vi sozinho... não por falta de amigos, amores, companheiros e companhia... a família linda!!!, não, não é isso... é uma solidão de quem sabe a que veio e, infelizmente não pode levar todos consigo na bagagem... apenas na mala coração... na mala sentimentos, na mala lembranças, na mala o todo, na mala ser... mas só... tendo sempre que seguir em frente... adiante... e, olha o lado incrível da coisa, eu já começo algo sentindo saudades... meu grande amor, é meu amor que vivo e já sinto falta... minha família que vejo e sinto, eu mato as saudades já antevendo as que já estão por perto, antes mesmo das passadas serem desfeitas... meus melhores momentos, antes ainda de se concretizarem, já estão na lista do que eu mais sentirei saudades nos próximos passos... aquele aperto único de tentar viver sim, intensamente tudo, porque sei que passará e sim, deixará saudades... levarei comigo tudo e todos, aprendizado!, mas é impossível não sentir um nó na garganta toda vez que algo ímpar me ocorre... e o caminho lança-se aberto e pronto para ser desbravado...
Essa noite tive um sonho... na noite anterior sonhei com meu pai feliz me abraçando... (saudades), e ele estava feliz em conversar comigo... e eu estava muito feliz em abraçá-lo... (choro)... e essa noite, num período, num momento, num lugar apenas existente nos sonhos que, por sinal, eram os mesmos lugares visitados com meu pai no sonho revisitado, essa noite foi a vez de minha mãe me visitar... e foi algo leve, intenso e, pode ser, algo muito revelador... algo que fala de mim, algo que me expõe... algo que me deixa sereno, mas sim, como em todos os sentimentos, com saudades...
Ela veio linda, mais magra que o habitual, sorrindo... sorrindo muito! (plena falta, rasgada com dor... ah, essas saudades!), ela me abraça tão feliz como meu pai na outra noite... e caminhamos numa estrada de terra, com casinhas simples do lado esquerdo (coração... coisas simples, pequenas, e ricas em significados... a falta)... do lado direito, uma estrada... reta, sumindo numa subida... um ou dois carros... caminhões, ônibus... a gente abraçado!, sorrindo... uma felicidade em rever-nos... nem sei mais quem foi visitar quem! Meu lado direito... mão que escrevo... mão que direciona meus pensamentos, mão que aponta meus caminhos... meu lado certo, junto ao meu lado imenso de sentimentos...
Pensei na hora, o que a estrada significava para mim... porque, por Deus, tamanho fascínio por uma pista de piche, concreto... ou das linhas férreas de um trem... ou a tudo que remete idas...voltas, caminhos... o que nisso me fascina tanto? Talvez não a estrada, mas a busca... a oportunidade, o caminho a ser preenchido e descoberto... a busca... a busca... a missão talvez? Porque esse fascínio? Se já sei que terei saudades, que deixarei coisas e pessoas e histórias e só poderei levar o possível cabível dentro de coração e memórias? (meus sentimentos)...
... e durou isso... abraçados e sorrindo... uma saudade já sentida e agora, já sentindo a que vinha sem antes mesmo de ter ido embora ou acordar, meus olhos brilham ao olhar a estrada, e voltar o olhar para minha mãe sorrindo... e meu peito apertado, mas ansioso... e eu sorrindo.... e minha mãe do meu lado direito assim como meu pai estava ao me abraçar e caminhar lado a lado comigo (proteção)... lado direito... lado que eu escrevo... pai e mãe no lado da estrada... lado que me guia... (o caminho?)...
Tentei tanto entender o que me move... talvez um medo de permanecer e arraigar... ter raízes não é mesmo?, parece ser o certo da coisa... mas não para mim... que sentido meu, move? Que sentido ME move? Sei lá... só sei que ao me ver com olhos apontados para esse horizonte, essa estrada, minha mãe, com olhar meio triste e curioso me fala...
- Ah... não acredito que você vai voltar para a estrada de novo?
Jamais com mágoa! Era algo do tipo: se aquiete, menino!, mas ela sabe que não... ela entendeu e me entende... talvez ela tenha dito isso porque ambos precisávamos voltar aos nossos mundos... às nossas estradas novamente... mas no fundo... no fundo, ela SABE o que me espera... e eu sei o que está lá... não no fim dela, mas ao menos no caminho... e eu vou chegar... (lágrimas)... e ela me abraça sempre sorrindo... com esse ar de sempre faltar algo... um tempo maior... uma proximidade maior... um contato maior... um momento maior... as reticências... a estrada que se apresenta...
Ambos sempre ensinaram a mim e a minha irmã, a fazer o que tínhamos vontade... a ir atrás do que realmente queremos....a sermos o que somos e a aprendermos mais e mais... a busca! (o sentido das coisas)
E assim, sem despedidas, sempre sorrindo, abraçando, aquele contato... essa mensagem, esse encontro... me vejo feliz... e sim, com o eterno nó na garganta, com as saudades antecipadas de algo que ainda virá, respondo para minha mãe com o mesmo sorriso de sempre, aberto e cálido e com o olhar brilhante apenas... essa é minha resposta e ela entende... e eu entendo... como segurar? Isso sou eu...
Levando-se em conta o que me ensinaram... levando-se em conta a estrada e as saudades na despedida não-concretizada (que bom!), levando-se em conta, ambos me protegendo do lado direito que aponta a estrada, que aponta o horizonte, que aponta a busca, que me direciona... como renegar a essa forma de aceitar o que eu sou?
O que eu sou?
... estrada ...
... reticências ...
... já sentindo uma imensa saudade ...

quinta-feira, 22 de julho de 2010

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Capítulo 1 - Livro Sem título (Com Thais Miassi)

Por Jeam C.
No dia do desaparecimento, Emily havia seguido novamente sua estagnada rotina, como se fosse um replay de um antigo filme do Chaplin, sem a menor graça e glamour. Poderia ter sido qualquer outro dia igual ao outro dia, igual ao mesmo de sempre, mas não aquele.

Chegando ao escritório, Emily deparou-se com um, anormalmente irritado Sr. Ramón. Era de se estranhar, já que, diferentemente de sua esposa elegante e grosseira, o Sr. Ramón era desses tipos que temos dó ao vê-lo de braços dados com alguém como a Sra. Ramón.

Rosto cansado, porém altivo, como se tivesse levado uma vida toda dedicado ao trabalho e esquecido de desfrutar dos benefícios que um bom salário poderiam proporcionar, o Sr. Ramón desistiu de certas ambições pessoais ao se deparar com tantos casos obscuros, ao ter que lidar com as faces mais assustadoras do ser humano... a Sra. Ramón então, assumiu a dianteira, e, se impondo de uma forma quase ditatorial no casamento e nos negócios, foi a responsável pelo não afundamento da carreira dele, da empresa, e do casamento em si, ou o que restava dele.

Não era de se espantar, no entanto, que Emily o encontrasse com rosto cansado e deprimido, ainda mais naquelas circunstâncias de caos em que o local se encontrava. Na verdade, o escritório estava à beira de um colapso. A caixa de e-mails de Emily já acumulava 34 mensagens para serem lidas, todas com um único título: CASO JONATHAN. Sentou-se, e logo aparece Raul, um dos queridinhos e asquerosos protegidos da Sra. Rabugenta.

- Já sabe do caso?

- Saberei caso você me deixe trabalhar.

- Hummm, acordou de bom humor. Gosto dessas.

- Dessas como sua mãe?

- Epa! Calma lá! Leia sobre o menininho desaparecido. Teremos muito há conversar.

Mal sabia Emily que sim, iriam conversar muito ainda.

O caso não parecia muito anormal do que se encontra diariamente não fosse um detalhe: Jonathan, de apenas 4 anos, era filho de Klaus Andersen, poderoso e internacionalmente conhecido ilusionista. Casado com Tamara Oliveira Andersen, vieram ao Brasil para uma longa temporada de apresentações. Klaus ainda percorreria toda a Europa, mas Tamara queria dar um lar estabilizado para o pequeno Jonathan.

Na noite da última apresentação de Klaus, Jonathan simplesmente desaparece de dentro de sua casa. Sem pistas. Sem nada.

O mais importante para o caso, era a discrição, mesmo a mídia tendo tomado esse, como algo a ser difundido de todas as formas, sem escrúpulos, como de praxe.

Teriam problemas especialmente com Márcia Anteves, jornalista implacável, e, sim, algo digna num meio de pulhas.

A agência foi contatada minutos após os pais terem percebido o desaparecimento.

Emily estava perturbada. O pai e a mãe aparentavam frieza, mas era tão cedo ainda para afirmarem um envolvimento... era até mesmo insano pensar em algo do tipo.

Teria pela frente, longas horas para ver e rever papéis e e-mails, longas reuniões e discussões.

Era apenas algo superior à secretária, mas, numa agência de investigação, uma secretária nunca é apenas uma secretária e Emily revezava-se entre atender telefonemas, fazer pesquisas, organizando e cruzando documentos para formular relatórios especulativos sobre os casos... enfim, acabava fazendo uma pré-investigação antes de passar os dados dos casos.

Um fato a intrigou: Klaus já havia uma ficha lá. Em poucas páginas leu sobre seu primeiro casamento... e que Jonathan não era o primeiro filho seu a desaparecer...


(querem acompanhar do começo???

http://segundonabraba.blogspot.com/2010/07/prologo-por-thais-miassi.html

Trecho inédito do meu: "A.V.C"


Que brilho maior pode haver o das estrelas?
O dos seus olhos castanhos... revelados só para mim... e você...
E esconda do Universo curioso e invejoso...
Enquanto seus braços cuidam felizes do doce encanto...
que os céus não podem oferecer...

sábado, 17 de julho de 2010

Who Is The Master... and Who Is The Slave?

O Difícil Ato de Amar Hard Candy




Esse foi mais um texto saído no site do Minsane: http://www.minsane.com.br

e, no link:
http://www.minsane.com.br/fanclub/colunabyinsanos06.html

Confiram!

O Difícil Ato de Amar hard candy!

Por Jeam Camilo


Muitos de vocês devem se lembrar do chiclete Azedinho-Doce, muito popular entre os anos 80 e início dos 90. Para quem inacreditavelmente não se lembra, ou não conhece, o tal chiclete parecia uma lâmina e, como o próprio nome já revelava, até chegar no doce, passávamos por um processo intenso e muito prazeroso do “azedo”.

Intenso, porque era realmente azedo, daqueles que “trincavam” os maxilares e arrepiavam a nuca... quantas disputas foram feitas para ver quem agüentava NÃO fazer caretas! E o vencedor levava mais dez de prêmio.

Prazeroso porque, passado o choque inicial, instantaneamente chegava-se ao docinho, mas daí perdia-se a graça, porque o legal era justamente a “trincada”, o susto, as caretas... a disputa sobre quem agüenta resistir sem fazer cara feia a um prazer que seria descoberto depois e, olha quanto paradoxo, era preciso chegar ao doce para perceber que o amargo, o azedo era o incrível!

Levando isso para a vida, temos provas sobre provas sem contestações, de que só crescemos e evoluímos após levarmos uma forte queda, um soco, uma perda, um adeus, um doce após o azedo, ou, a tal bonança pós-tempestade.

Quando foi anunciado o título do álbum de Madonna, o título que, de certa forma deve englobar o que o “produto” trará, muito se foi especulado a cerca do que se tratava: Timbaland? Justin? Pharrel Quem? As explicações: Hard Candy, ou, brasileiramente falando RAPADURA (que é doce, mas não é mole não!) queria dizer algo que era no sentido do ser “degustado”, que não era fácil, mas seria gostoso se fossemos até o fim. Aí começou as tribulações.

Não, realmente não é fácil gostar, nem amar Hard Candy se analisarmos que essa mulher, essa coisa monumental (Madonna já passou de denominações...ela simplesmente é Madonna!), tem em seu repertório, clássicos absolutos como Like a Virgin, Like a Prayer, Ray of Light e Confessions on a Dancefloor. Porém, analisando melhor, abrindo esse doce e, calmamente degustando-o, assim, como deve ser, talvez, como Madonna tenha idealizado: um disco para a posteridade, aí sim podemos agora, após alguns anos, refletir sobre. Não, não é um texto datado, mas sim, de alguém que começa a refletir somente agora sobre se é possível amar Hard Candy.

Madonna, entre Candy Shop e 4 Minutes, canta para aproveitarem. Invadam a pista de dança, não percam tempo nem ritmo. A gente não tem muito tempo. Tic-tac, o tempo está passando. 4 minutos? Já foi. Madonna solta: “às vezes eu acho que o que eu preciso é uma intervenção sua.” De quem? Dela mesma? Dos céus, já que a luta contra seus demônios permeia o disco? “A estrada para o inferno está pavimentada com boas intenções” segue. Mais início de carreira impossível. Ela tendo que ser ela mesma e mais ainda para sobreviver numa cidade e, num meio que a engoliria num segundo. Madonna se faz Madonna por ela mesma.

Em Give It 2 Me, ela continua sua busca: “Ninguém me mostrará como... Quando as luzes se apagam, e não sobrou NINGUÉM, posso continuar... continuar... continuar... somente me dê uma chance e eu a agarrarei...”. E, hoje, não existem adjetivos e/ou denominações para Ela!

Em Heartbeat, um adendo: muitos à época disseram que ela não estava criando nada de novo e sim, repetindo uma fórmula já em franco desgaste: o hip-hop à la Timbaland, mas, como se já antevisse isso tudo, ela canta calma e deliciosamente (começando a degustar melhor o doce...): “Pode parecer velho para você, mas para mim é novo!”

E provoca carinhosamente: Veja minha bunda e desça igual... Veja minha bunda e desça igual... VAMOS! Sim, o som poderia ser igual, mas ninguém faz esses docinhos com as receitas DELA. Definitivamente... não era igual à nada!
Mas ela deixa passar do ponto e precisa refazer a receita. Miles Away mostra alguém que olha um relacionamento com olhos de quem precisa rever coisas, adicionar outras e ter que, dolorosamente admitir que nem sempre se dá a liga certa. Uma das melhores e mais pessoais músicas dela. A receita ganhou fermento. E o resultado deixa o prato vazio, e a gente lambendo os dedos...

E emenda na magnífica She´s Not Me: “Ela pode te fazer o café da manhã, fazer amor durante o banho, a sensação do momento, mas ela não tem o que era nosso... Ela não sou eu”. Um recado? Madonna mostra que sempre serão os outros quem mais perdem não a valorizando como merece.

Aí, o bolo fica solado, o caldo endurece e as coisas desandam na fábrica de doces porque, amarga e inacreditavelmente precisamos provar um docinho não lá muito ok: Incredible quebra-queixo e clima, e a gente precisa escovar os dentinhos antes de aparecer formiga. Mas parece ser proposital, como uma das melhores letras do disco ganhou uma roupagem tão chatinha. Ela reflete: E tudo na natureza dá errado, parece que ninguém está escutando, e algo está faltando... (...) tenho que entender como!”. O maior Hard Candy do disco talvez seja a tal faixa 7. Admira-se a letra, mas que esforço para ao menos gostar um bom-bocado da música!

E os demônios voltam a atacar Madonna. Se, no início ela tinha 4 minutos para salvar o mundo, agora ela clama para ela mesma em Beat Goes On (Levante-se pequena menina, é tempo já!) de que não há muito a se perder, e, ficar esperando como uma tola por tudo, não fará você ir muito longe. Ande pela fábrica, ou espere o chocolate premiado.

Dance 2night, soa clássica, bem fim de noite, quando estamos cansados, mas temos que continuar...ainda há festa, mas, novamente, tic-tac, o tempo ta acabando, e não existe tempo há perder... e pior... começa a entrega ao amor, ao deleite, o doce mostra seu recheio... a bala parte-se... hora de experimentar algo mais... caliente!

Aprendemos uma lição diferente, espanhola, em qualquer sentido!!!, mas um aviso novamente: TIC-TAC, preciso me apaixonar... mas nunca fico satisfeita... te amo, mas, até quando mesmo? Bala acabando...

E o azedinho-doce que quase mela agora acaba... doce amargor... a própria letra de “Devil Wouldn´t Recognize You” já diz tudo, e é tão pessoal, a mim pelo menos... quem somos nós para criticar? Alguns querem nos deixar pra baixo e cada vez mais baixo, mas é hora de perceber que acabou a graça. A loja deixa de ser colorida e começa a fechar. Hora de lidar com questões muito mais profundas. Feche a porta da loja. Mas não há como se esconder de si mesmo. Ao menos, ela diz que consegue reconhecê-lo... que bom.

Fábrica fechada, reunião entre nós e nós mesmos: quem é o Mestre? Quem é o Escravo? A difícil definição... quem a gente guia, ou será que somos guiados? “Ecos distantes de outras épocas (...) Você está brincando por ai, é como se fosse uma repetição”. Muito forte, mas diria mais que repetição: Em Hard Candy, Madonna está o tempo todo revendo seus conceitos, sua carreira, sua história... olhando sua trajetória, jogando para se divertir com questões sérias que, não soam como divertidas e sim alarmantes.

O que mais pesa no disco, é o fato de tudo parecer brilhante e saboroso, mas ao abrirmos a bala, tudo é escuro e complicado e urgente e perigoso. O próprio encarte com Madonna encarnando M-Dolla, uma lutadora de boxe(?) que tem ao fundo, temas coloridíssimos de doces, candy galore!!!, contrastando com o lado negro da embalagem na parte de dentro. A embalagem bonitinha ao fundo. A alma indômita que precisa lutar à frente. O paradoxo entre não permanecer e se recusar permanentemente, por mais que pareça o contrário, ser doce e grudenta... é preciso lutar...

As letras que beiram ao desespero, tic-tac, tempo esgotando... tempo correndo... o amor que se vai, a necessidade de se enfrentar mais um demônio (“VOCÊ tem demônios, logo, ninguém pode culpá-lo”), e, mais uma vez dizer que ela é Madonna, para o bem ou para o mal.

Confissões continuam...dessa vez embalada num papel charmoso, mas nunca menos fácil. Degustar esse doce ainda não me é fácil, mas confesso cada vez mais ouvi-lo para tentar entender o real significado de um disco com revelações complexas e até mesmo meio dark, em músicas que soam apenas gostosinhas... nenhum clássico dessa vez... mas como não se arrepiar quando chega “Devil...”?, Ou as batidas incríveis de Beat Goes On, os refrões grudentos de Give It 2Me e 4 Minutes, ou a tristeza de um coração partido revelada de Miles Away?

Abram o doce e degustem. Ainda não consigo amar Hard Candy. Mas, no momento, é o que mais tem me feito pensar.

Voices start to ring in your head… TELL ME, what do they say?

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Prólogo - Por Thais Miassi

Prólogo

Para Emily, o tempo não passava. Tudo seguia sempre a mesma rotina: acordava sempre às 6 horas, 6 h e 15 terminava de pentear seus longos cabelos negros, 6h e 20 desdobrava a camisa branca e a abotoava sobre seu corpo magro e extremamente pálido e vestia sua velha calça preta de oxford. Seu café da manhã resumia-se a uma pequena torrada que já perdera a crocância, uma xícara de café sem açúcar e após, uma longa tragada no primeiro cigarro do dia.

Pontualmente às 6h55, pegava o metrô da Linha Azul, próximo de sua residência. Apesar de não considerar sua casa como um lar doce lar, Emily se apaixonara pela aquela pequena kitinete no momento em que a viu.

- Pode-se perceber que, apesar das rachaduras e mofos pela parede do quarto, esse imóvel é ótimo para pessoas sozinhas – disse o corretor – com esse visual tudo indica que você viverá para sempre nessa imundice ­– a vista é privilegiada, tendo um lindo parque aos fundos, pela janela você verá crianças, jovens e velhos passeando entre as árvores – nossa, essa garota deveria tomar um sol nesse belo parque.

Emily nada respondia. Apenas olhava fixamente o chão encardido e algumas pequenas manchas escuras ao redor do lugar em que julgara caber uma cama de casal. Seus dedos finos deslizavam sobre uma pequena cômoda que o morador anterior largara.

- Como estamos em um bairro tranqüilo e bem próximo do centro da cidade, o valor, posso dizer, está ótimo. Se você pagar à vista, sairá por 30.000 reais e a documentação será por conta do antigo proprietário – continuou o corretor.

Emily já havia imaginado o quanto custaria a sua nova vida, mas ao invés de expressar a sua vontade imediata de fechar o negócio, simplesmente parou para observar as gotículas de suor que emanavam sem parar do rosto gordo do corretor, que não aparentava mais de 50 anos.
- Amanhã, levo minha documentação e fecharemos o contrato – afirmou a garota.

Enquanto o metrô deslizava pela estação, Emily pensou nas longas pilhas de papéis que a esperavam no trabalho. Eram documentos para serem organizados a pedido de sua chefe, Sra. Ramón.

Fazia mais de 5 anos que Emily trabalhava no Escritório Liberti & Ramón, especializado em investigação. Não gostava de sua função, mas a Sra. Ramón a contratou com a promessa de que logo subiria de cargo, mas isso não foi cumprido ao longo desses anos.

- EEEEEmily – gritava a chefe – cadê as documentações referente ao Caso do Menino Jonathan? – como essa garota é burra – falei para você deixá-las na minha mesa ontem e você não pode nem fazer isso?

- Desculpa, senhora. Mas não é minha culpa – apressou-se Emily.

- Sempre a mesma ladainha. Emily, é difícil de você entender o que falo? Por acaso, falamos em línguas diferentes?

- Não, senhora. Por favor, deixa eu lhe explicar: o seu marido esteve aqui quase na hora de fecharmos o escritório. Queria conversar contigo, mas a senhora já havia saído. Como ele queria falar com você imediatamente, ele foi até a sua sala para usar o telefone.

- E?

- Perguntou sobre o relatório de Jonathan e eu entreguei a ele. Ficou curioso com toda a repercussão que teve na mídia. E me prometeu que deixaria em cima de sua mesa assim que saísse da sala, depois de falar com você pelo telefone.

- Mas, não está aqui. Emily, Emily... você deveria ter conferido antes de se mandar embora. Da próxima vez, não quero mais esse tipo de erro. Afinal, você é paga muito bem para fazer esses serviços que qualquer um faria.

Ao abrir a gaveta, a Sra. Ramón encontrou a documentação que desejava. E fez um gesto para que a garota sumisse de sua frente.

- Com o dinheiro que você me paga, mal dá para comprar comida e cigarro, sua vaca, pensou. - Desculpe mais uma vez, disse fechando a porta da sala da Sra. Ramón e encaminhando para sua velha escrivaninha.

Após organizar as pilhas de papéis, Emily pegou os jornais do dia e começou a procurar sobre notícias que fossem interessantes para a sua chefe. Sem se espantar, verificou que os três jornais locais falavam novamente sobre o menino Jonathan.

AONDE ESTARÁ O PEQUENO JONATHAN?

PAIS PODEM SER PRINCIPAIS SUSPEITOS, instigava um jornal.

JONATHAN E O TRÁFEGO DE ÓRGÃOS.

A PEDOFILIA TERIA FEITO MAIS UMA VÍTIMA?

Foram criadas diversas hipóteses sobre o desaparecimento de Jonathan, desde rapto, assassinato, pedofilia até vingança. Mas, nada era concreto. A polícia de São Paulo não tinha provas e nem sequer uma informação sobre o paradeiro do menino.

No dia do desaparecimento.... Continua...

CLUBE DO LIVRO!!! UHUUU!!!

Minha grande amiga Thais Miasse e eu, estamos, por intermédio de uma genial idéia dela, desenvolvendo um livro onde, cada um escreve um capítulo.
O interessante é que, nenhum dos dois sabemos a história! Simplesmente um recebe um capítulo e, à partir do que foi recebido e lido, será montada a história pelo outro!

http://clubedolivro.blogspot.com

sigam esse blog incrível, recheado de informações, e, acompanhem as aventuras de uma história que fala sobre.... sobre....´é... bem.... ainda não sabemos do que se trata!!!

Mas fiquem de olho!!!

terça-feira, 13 de julho de 2010

Homenagem ao Diário de Uma Escola...


Pouco tempo tenho
De um tempo já sem tempo.
Tempo que passa...
Que é, que era e poderá ser.
Poderá ser?
Meu tempo é fora do tempo
Do agora, do antes e do depois.
Mas ainda há tempo
De ser-se o que se é
Diante de quem se quer
E da maneira que puder.

7 de junho de 2010 20:51

quarta-feira, 7 de julho de 2010

a dor-me Ser


Eu estava andando por entre pedras e espinhos...

Sem me incomodar com as feridas abertas pelo caminho

Eu deitei sobre um esqueleto e vi a imagem da morte nele...

Deus cansou-se de me dar o livramento...



Eu orei para que meu amor voltasse

Implorei pela misericórdia

Eu limpei meu rosto ante o espelho

As lágrimas esvaíram-se, mas o peito ainda chora...



Eu enxerguei um muro com lamentações

Possível de ser escalado

Um homem moreno me arrancou de mim

Sem a intenção de ser o mais amado



Eu esperei pela salvação e pela cura das dores internas

Eu vi uma possível redenção ao olhar as nuvens carregadas

Como se a esperança viesse delas e das gotas caídas logo após...

Os demônios vieram me cobrar dívidas antigas... e eu ainda não posso pagá-las...



Os poemas e rimas e canções,

São temas de amor errados

Se caí em tentação foi por descuido, não descaso

A dor sangra e rasga peito



É preciso acreditar num mundo melhor...

Na existência do amor...

Eu ainda acredito num mundo melhor e no amor

Eu ainda acredito em mim



Eu amo...

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O Amanhã Não Se Sabe


Como as folhas, com o vento
Até onde vai dar o firmamento
Toda hora enquanto é tempo
Vivo aqui neste momento

Hoje aqui, amanhã não se sabe
Vivo agora antes que o dia acabe
Neste instante, nunca é tarde
Mal começou eu já estou com saudade

Me abraça, me aceita, (aaa)
Me aceita assim meu amor
Me abraça, me beija
Me aceita assim como eu sou
E deixa ser o que for

Como as ondas com a maré
Até onde não vai dar mais pé
Este instante tal qual é
Vivo aqui e seja o que Deus quiser

Hoje aqui não importa pra onde vamos
Vivo agora, não tenho outros planos
É tão fácil viver sonhando
Enquanto isso a vida vai passando(ooo)

Me abraça, me aceita, (aaa)
Me aceita assim meu amor
Me abraça, me beija
Me aceita assim como eu sou
E deixa ser o que for (o que for)(eeee)
Me abraça, me aceita, (aaa)
Me aceita assim meu amor
Me abraça,me beija
Me aceita assim como eu sou
E deixa ser o que for (eee).


http://www.kboing.com.br/ls-jack/1-300358/

com direito a todos os AAAA... EEEE...e OOOOs, possíveis!

Mal começou e eu já estou com saudade...


É tanto ser em ter
E ter em si,que me perco
E penso se em si não estaria meu perto porto perdido...
Eu penso..espero, continuo chorando...
Esperando... esperando...
Sim, há tempo de ser-se, há tempo de querer-se
De querer-te... há?
há...
O tempo fora do tempo, é vivido em pensamento,
É vivido em porções exatas,
É vivido e vívido por ser, pensar e estar-se em si,
Em ti... em mim...
Sim, existem sempre as reminiscências do tempo, do ser-se,
Do ter-se, do se ter, seja como for, prostrado em frente de quem se for,
Na espera...
Diante de quem quero... como eu quero, como há de ser,
Ou da forma que puder.
Há!



(ainda há esperanças... para ler ouvindo "Amanhã não se sabe" - LS JACK")

http://www.kboing.com.br/ls-jack/1-300358/

eu me oponho ao correto... sou forte, não sou um zero...


"Dentro da noite que me cobre.
Negra como as Profundezas, de um pólo ao outro.
Agradeço aos deuses, se é que existem,
pela minha alma indômita.
Nas garras ferozes das circunstâncias.
Não me encolhi, nem fiz alarde do meu pranto.
Golpeado pelo acaso, minha cabeça sangra, mas não se curva.
Longe deste lugar de ira e lágrimas
Só assoma o horror da sombra.
Ainda assim, a ameaça dos anos
me encontra, e me encontrará sempre, destemido.
Não importa quão estreita seja a porta.
Quão profusa em punições seja a lista.
Sou o mestre do meu destino.
Sou o capitão da minha alma."

http://www.youtube.com/watch?v=1uYWYWPc9HU

terça-feira, 1 de junho de 2010

meus pensamentos estão nas asas dos pássaros.....




Me mantive forte por muito tempo... não que eu não esteja mais, muito pelo contrário... mas agora sinto-me mais à vontade para chorar tantas coisas guardadas, tantos choros guardados... meus choros de alegria, meus choros de tristeza... de dor... de mágoa... minha dor de amor... agora que posso ter coragem para por pra fora sem ter medo de parecer fraco ou carente... tu me tomas teu ombro e fico só... se exagero é culpa do meu eu, do meu ser, do meu signo, do meu todo... certo ou errado... a culpa não é tua... mas confesso chorar noite e dia... por tudo o que foi... por tudo o que é... por tudo o que seria e, por tudo tudo que será.

Eu acredito. E choro sem medo. Choro sem culpa. Choro o choro sentido, saudoso, com todo meu amor... choro sem vergonha. Desculpa mesmo... se choro na pia, se choro no chão da cozinha, se choro pro nada... às vezes, andando na rua, uma lágrima escapa. Não é culpa minha. Nem tua. Choro. Mas agora sem medo de parecer fraco. Mas ainda assim, e, sim, choro.

porque morgar é sempre preciso...




eu tenho sempre TANTAS saudades...

Retirando Clarice dos escombros...


"Ô menina, veja bem... Ouça uma boa música, leia um bom livro e bola pra frente.
Pode parecer clichê, mas funciona. Vá por mim."
C.F

quando me prostro ante o medo... e temo aflito não resistir...


"Tu tens um medo: Acabar.
Não vês que acabas todo dia.
Que morres no amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo.
Que te renovas todo dia. No amor. Na tristeza. Na dúvida. No desejo.
Que és sempre outro. Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno. "

Cecilia Meirelles

sábado, 17 de abril de 2010

meio outono...


Foi-se. O céu estava nublado. Na janela do carro, seu rosto ao vento frio da tarde gelada. Ele observou o céu escuro em plena 3 da tarde. Observou. Olhou. Pela brisa congelante, pelo céu azul escuro, pelas ruas da cidade, pode então observar e ter a certeza do quanto o ama e sempre o amará. SEMPRE o amará.
O carro foi-se...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

MATER DOLOROSA


(esse texto foi publicado no dia 11/01/2010 no site MINSANE (www.minsane.com.br), no link: http://www.minsane.com.br/fanclub/colunabyinsanos05.html )


Mater Dolorosa
Por Jeam Camilo


“Tu que, ao sangue do teu filho mistura tuas lágrimas.
Tu, que sem perder teu brilho sufoca tuas mágoas...”

Um dos significados da palavra MÃE no Michaelis é:
6. Pessoa que protege muito a outra;

Também, mais adiante em suas definições, aparece o significado da expressão “IDÉIA MÃE”: idéia principal e geradora de uma obra.
Ao olhar a foto de Madonna, olhando para seus filhos, com olhar generoso e infinitamente amoroso, me comovi, sem perceber se era pela força do cuidado de mãe, ou se era, sob outro olhar, a verdadeira proteção: a dos filhos que rodeiam sua amada imortal, eterna e generosa, a MÃE.

Por esse ângulo, de onde advém à força de uma mãe, de uma idéia, ou de uma proteção senão a de, primeiramente estar protegida, rodeada de suas mais belas criações divinas? Sendo assim, vejo a foto como um flagrante raro do poder protetor do olhar, do amor incondicional, do carinho sem retribuição, apenas o amor como moeda no poderoso mundo dos filhos e das mães.
É de uma beleza tão absolutamente comovente o olhar e sentir aquele sentimento protetor e de acalanto, como se, num abraço, ou simplesmente num contato conjunto, TUDO fizesse sentido, e talvez o mistério da criação esteja ali: no sentido dos significados de um olhar, de um abraço, de uma existência feita para dar luz a outras.
A foto, o momento, e o significado daquele gesto, percebemos a presença de uma criatura que, aos olhos de religião e lei, destoa.

A mãe carrega em seus sentimentos, braços e atenção do olhar para uma pequena criatura que não saiu de si, mas veio para ela da mesma forma que um presente divino veio, e dois raios de luzes surgiram, chamados Lola e Rocco.

David agora faz parte da família e ela é sua mãe também.

Amplamente divulgado pela mídia, de forma massacrante e desrespeitosa, Madonna adotou o menino David Banda e, tempos depois, veio Mercy Jones.

Os primeiros registros de adoção, surgem já na antiguidade, com o documento Código de Hammurabi, do período de 1.728 a 1.686 a. C., onde haviam regras relativas a adoção.

No código, ficava bem claro em seus artigos, o fato de que “...uma vez adotado de modo irrevogável, tinha o filho adotivo os mesmos direitos hereditários do filho natural.”

Levando-se em conta a foto, objeto aqui analisado, podemos entender que, esses mesmos direitos referem-se também ao carinho maternal, a atenção e a todos os tipos de cuidados que as responsabilidades de mãe pedem.

Na Bíblia também temos vários casos de adoção, conhecidas pelo nome de levirato, entre os hebreus. Em alguns desses relatos, fala-se de Jacó, que adotou Efraim e Manasses, filhos de seu filho José; e de Moisés, adotado por Termulus, encontrado às margens do rio Nilo.

Também há os registros de grandes imperadores romanos que foram adotados sob o regime ad-rogatio (um esquema onde o adotante devesse ter mais de 60 anos e ser, pelo menos 18 anos mais velho que o adotado), como Scipião, Emiliano, Calígula, Tibério, Nero e Justiniano.

No gesto de adotar, de trazer para junto de si e de sua família, Madonna mais que abriu suas portas e já adiantou belas oportunidades para o pequeno e, desde já lutador David; ela abriu seu coração, e, num gesto grandioso, dignos de uma mater dolorosa, de uma mulher que se compadece, de uma mulher carregada de defeitos, capaz de um gesto dignos de uma grande mãe, ela decidiu REPARTIR seu amor, seu carinho e seu cuidado.

Sua segunda filha adotiva, chama-se Mercy, Misericórdia.

A intenção jamais é comparar Madonna a uma figura divina no sentido bíblico, mas ao olhar a foto de uma mater dolorosa, a mãe sofrida, a mãe que chora após tantas tribulações, sejam elas bíblicas, ou urbanamente contemporâneas, a mãe que ama, a mãe que protege, a mãe que precisa ser protegida, a mãe que sofre, a mãe que agüenta, é impossível não imaginar o quanto isso tem não apenas de poético, mas de um profundo e intenso sentimento de comoção, de beleza, de fé e de uma percepção da grandiosa presença divina.

O ato de adotar em si, reflete uma grandiosidade de espírito não apenas da mãe ou pai, mas de quem participa desse laço, no caso, os outros filhos.

A foto, o momento mágico daquele instante, daqueles olhares, daquele cuidado, reflete exata e perfeitamente a importância do REPARTIR... sem egoísmos, sem oportunismos... Madonna e seus filhos, a continuação de si mesma, parte dela, talvez por isso mesmo, como citado no começo do texto, fico em dúvida sobre se é ela quem protege, ou se está sendo protegida pelos seus... protegida pela própria continuação de sua existência, e David é agora e desde então, abençoado pelo amor repartido e incondicional.

Misericórdia... rogai por nós.

Stabat Mater Dolorosa
Luxta crucem lacrimosa
Dum pendebat Filius

(Estava a Mãe Dolorosa
Chorando junto à cruz
Da qual seu filho pendia)



Jeam Camilo


Informações retiradas de:

ALVIM, Eduardo Freitas. A Evolução histórica do instituto da adoção. (link)

MATER DOLOROSA, composição de Padre Zezinho;

STABAT MATER DOLOROSA, composição de Pergoleri, interpretada por Épica.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

... just like honey ...





Perdido num deserto de mediocridade
A beleza é uma metáfora
Sua intensidade acabou de me derrubar
Porque senti suas vibrações

Existe um lugar para nós?
Na verdade, existem os riscos
Mas as coisas poderão ser boas
Nos perdemos em vários pontos,
Mas não se esqueça:

Tudo será bom
Muito bom... tão bom

Consegue sentir isso também?
Consegue se entregar?
Consegue me dar a mão?
Eu posso fazer isso... eu posso fazer isso,
Preste atenção
Tudo será bom
Muito bom... tão bom...

As coisas poderão ser boas
Se fizermos dessa forma... dessa forma
Eu posso fazer isso... eu posso fazer isso...
por você... por nós

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010




Quando o mundo parecer não ter mais sentido
E tudo a sua volta cair em pedaços que
Perceba, ser de teu coração
então deixe se levar, pois para nós
O amor virá aos pedaços

Eu tento mostrar coisas certas que jamais farei
Caindo, palavras bonitas padecem
Em lábios que tentam desmanchar
Algo perdido em lugar algum
O amor irá aos pedaços

Despedidas em acenos discretos,
E a lua invade seu olhar sereno
E faço festa ao te ver,
Correndo para trazer
Amor sempre intenso
O amor virá através disso

O vento soprou em minha janela à noite passada,
Que um pássaro voou para longe
Em suas asas que levavam meus dias,
Minhas lembranças que nada trará de volta...
Meu coração pode aprender a acreditar
Que o amor prevalecerá

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Lucinha





Por quase dez anos, Lucinha escrevia cartas imaginárias para Astolfo. Algo que a mantinha entretida enquanto sua vida passava lá fora. Assim como as crianças, o sorveteiro, o carteiro, o açougueiro, as pizzas, e as vizinhas em passeios matinais. Passava tudo... até o cortejo fúnebre de Astolfo. Lucinha ainda escreve cartas para o passado.

... meu bem se importa comigo!!!

PREMIÃO!





Se eu fosse um astronauta...
Eu iria querer alcanças as estrelas...
E pisar na lua...
Mas quem me traria de volta?



Se eu fosse um cientista...
Iria criar uma fórmula para o tempo
ir com mais calma...
pra gente ficar mais junto...
Mas ficaríamos mais tempo solitários...
quando não estivéssemos lado a lado...


Se eu fosse um pintor... não saberia pintar o
melhor quadro... minha melhor expressão é o
que sinto... e isso eu poderia expressar?
Estragaria o mistério



Se eu fosse um enigma... eu seria o que sou...
Ninguém irá me desvendar enquanto eu não me
achar...
Nossa estrada nunca tem fim...
Nessa teia de caminhos histórias e pessoas,
Eu alcanço as estrelas... eu piso na lua...
eu reinvento meu tempo
Só pra ficar com você
Dentro da minha pintura... minha melhor
expressão de sentimento...
E se eu fosse um enigma...
permaneceria um mistério...
se a estrada não tem fim,
Eu não tenho parada.
Se eu nunca paro... nunca vou me achar.
Se você quiser embarcar nessa...
Aceito sua melhor companhia.